Oito militares são condenados pelos homicídios de Evaldo e Luciano no Rio

Oito militares do Exército foram condenados, no início da madrugada desta quinta-feira (14), por matar o músico Evaldo Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo, em 2019. Por 3 votos a 2, a Justiça Militar os julgou culpados por duplo homicídio e tentativa de homicídio – o sogro de Evaldo, Sérgio, ficou ferido e…

Oito militares do Exército foram condenados, no início da madrugada desta quinta-feira (14), por matar o músico Evaldo Rosa e o catador de latinhas Luciano Macedo, em 2019.

Por 3 votos a 2, a Justiça Militar os julgou culpados por duplo homicídio e tentativa de homicídio – o sogro de Evaldo, Sérgio, ficou ferido e sobreviveu. A defesa informou que vai recorrer e os réus respondem em liberdade até que o caso transite em julgado – ou seja, que se esgotem os recursos.

Estas são as penas:

  • tenente Ítalo da Silva Nunes, que chefiava a ação, foi condenado a 31 anos e 6 meses;
  • outros sete militares receberam pena de 28 anos cada um;
  • quatro militares foram absolvidos.

Outros quatro militares que estavam na ação foram absolvidos. Todos os 12 foram absolvidos do crime de omissão de socorro.

Evaldo teve o carro fuzilado no dia 7 de abril daquele ano e morreu no local. No total, foram disparados 257 tiros – 62 atingiram o veículo. Luciano tentou ajudar o músico e foi atingido. Ele morreu 11 dias depois, no hospital.

O julgamento na Justiça Militar, na Ilha do Governador, Zona Norte, durou mais de 15 horas: começou às 9h17 e terminou depois das 0h30.

Em votação, o conselho da Justiça Militar, composto por cinco magistrados – quatro deles militares –, considerou culpados oito réus por homicídio e tentativa de homicídio.

A princípio, o Ministério Público Militar (MPM) denunciou pelos crimes 12 militares, todos praças.

Mas o próprio MPM pediu a absolvição de quatro militares que não dispararam, alegação aceita pela Justiça Militar.

Durante as alegações finais da promotoria do Ministério Público Militar, a responsável pela denúncia criticou a versão dos agentes de que eles agiram em legítima defesa.

A defesa pedia a absolvição dos militares alegando que houve um confronto e que a região era conflagrada.

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