Haddad responde a Lula depois de cobranças sobre mais presença no Congresso: ‘Só faço isso da vida’

Presidente afirmou, em evento de lançamento do programa de crédito ‘Acredita’, que seus ministros precisam passar mais tempo dialogando com parlamentares

Depois das cobranças feitas pelo  presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu mais conversas dos ministros com o Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “só faz isso da vida”. Em conversa com jornalistas na saída do ministério, Haddad falou sobre o assunto.

— Eu só faço isso da vida — disse, em referência às tratativas de pautas do governo com o Congresso.

Em meio a impasses na articulação política do governo e a criação de “pautas-bomba” no Legislativo, Lula afirmou, em evento de lançamento do programa de crédito “Acredita”, que seus ministros precisam passar mais tempo conversando com parlamentares.

— Isso significa que o (vice-presidente) Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social), o Rui Costa (da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B — declarou o presidente nesta segunda.

No mais recente embate entre o Executivo e o Legislativo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Congresso, era “incompetente” e um “desafeto pessoal”. Nesta segunda, o ministro disse, em entrevista à CNN, que o episódio está “absolutamente superado”.

O governo vem enfrentando batalhas no Congresso para aprovar medidas de aumento de arrecadação ou para barrar projetos que têm forte impacto no caixa da União.

O mais recente revés foi a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado de Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece aumento de 5% nos vencimentos de juízes e promotores, a cada cinco anos, o chamado “quinquênio”.

Segundo o governo, o impacto da medida pode chegar a R$ 42 bilhões por ano. O valor vai depender de quais categorias serão incluídas ao final da tramitação, como por exemplo a dos aposentados.

Outro tema fundamental em que o governo precisa de colaboração do Congresso é na regulamentação da reforma tributária.

Haddad está reunido com o presidente Lula para definir detalhes finais dos projetos. Segundo o ministro, o presidente precisa bater o martelo em dois pontos.

– Precisamos fechar dois pontos que a Casa Civil pediu para despachar com o presidente para que esta semana possamos encaminhar para o Congresso.

Com informações de O Globo.

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