TJSP ordena prisão imediata do empresário dono do Porsche que bateu a mais de 150 km e matou motorista de aplicativo

Decisão atende a recurso apresentado pelo Ministério Público de São Paulo depois de 2 negativas de juízes de Primeira Instância

O desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mandou prender imediatamente o empresário Fernando Sastre Filho, de 24 anos, dono do Porsche que bateu a mais de 150 km de velocidade em um carro de aplicativo, ocasionando sua morte. A decisão foi resposta a um recurso apresentado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), acolhido pelo desembargador.

Anteriormente, três pedidos de prisão contra Fernando Filho foram rejeitados por juízes de primeira instância. No entanto, o desembargador decidiu decretar a prisão preventiva do empresário, revogando outras medidas cautelares, mantendo a fiança de R$ 500 mil.

Fernando Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima devido a um acidente em que se envolveu. O acidente resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52 anos, e em ferimentos graves no estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, que estava no carro com o empresário.

O acidente ocorreu na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo, em 31 de março. Mesmo apresentando sinais de embriaguez, Fernando Filho foi autorizado a deixar o local pelos policiais militares, sem realizar o teste do bafômetro. Os agentes responsáveis pela liberação estão sendo investigados.

Imagens de câmeras de monitoramento mostraram o Porsche de Fernando Filho em alta velocidade no momento da colisão com o carro de Ornaldo. Laudos periciais indicaram que a velocidade média do Porsche era de 156 km/h, muito acima do limite permitido de 50 km/h. No entanto, o empresário alegou às autoridades policiais que estava apenas “um pouco acima” da velocidade máxima permitida.

A investigação também apontou que Fernando Filho havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente, contradizendo seu próprio depoimento. Testemunhas relataram que o grupo havia consumido nove drinks em um restaurante e depois foram a uma casa de poker, onde havia open bar.

A conduta dos policiais militares que liberaram Fernando Filho do local do acidente, junto com sua mãe, está sendo investigada por possível corrupção passiva. As imagens das câmeras corporais dos policiais indicam que eles estavam sem o bafômetro, mas esse não seria o único recurso para determinar a embriaguez do empresário. A Polícia Civil também está investigando o caso, a pedido da Justiça.

Com informações do Metrópoles.

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