SOMENTE LULA PODE PACIFICAR O BRASIL

RICARDO BRUNO A menos de 24 horas do momento  em que as urnas serão abertas, restam pouquíssimas dúvidas. Mais de 90% dos brasileiros já têm posição definida, atestam as pesquisas. A clareza meridiana dos projetos representados por Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro não comportam áreas de sombra ou hesitações sobre a posição…

RICARDO BRUNO

A menos de 24 horas do momento  em que as urnas serão abertas, restam pouquíssimas dúvidas. Mais de 90% dos brasileiros já têm posição definida, atestam as pesquisas. A clareza meridiana dos projetos representados por Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro não comportam áreas de sombra ou hesitações sobre a posição que devemos assumir.

A eleição de domingo é pau ou pedra. Não há meio termo. De um lado está o projeto mais retrógado e autoritário já visto no país, liderado pelo atual ocupante do Palácio do Planalto. De outro, o caminho para a sociedade brasileira retomar o desenvolvimento socioeconômico em ambiente democrático, capitaneado pelo ex-presidente Lula.

Se não houvesse qualquer outra razão, esta já seria suficiente para se decidir em favor do candidato do PT. Mas há muitas outras, que podem ser resgatadas na história recente do País período em que Lula e Dilma governaram o Brasil. A saber:

  • 36 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza e outras 42 milhões ascenderam à classe C – graças a uma política  de transferência de renda, aliada a aumentos reais do salário mínimo, estímulo ao consumo interno, acesso ampliado à moradia, à saúde e à educação.
  •  Entre 2003 e 2012, os 10% mais pobres tiveram crescimento de renda real per capita de 107%, enquanto os mais ricos obtiveram incremento de 37% na renda acumulada, segundo estudo do Ipea. A renda média cresceu 38% acima da inflação. Já a renda dos 20% mais pobres cresceu 84%.
  • ProUni e Fies. Esses dois programas permitiram o ingresso de milhões de estudantes de baixa renda nas universidades privadas. O primeiro assegurou 1,9 milhão de bolsas. O segundo beneficiou 2,71 milhões de estudantes.
  • Em2015, eram 8,03 milhões de matrículas em universidades no País, contra 3,52 milhões, em 2002. Os universitários mudaram de perfil. Mais negros (apoiados pela Lei de Cotas, aprovada em 2012) e mais pessoas de baixa renda puderam cursar o ensino superior. Resultado: em 2019, pela primeira vez na história, pretos e pardos se tornaram a maioria dos estudantes nas universidades federais.

Há infindáveis razões objetivas para justificar a escolha. Mas existem motivos ainda mais fortes, acachapantes, que brotam do coração, que pulsam na alma. Em meio a algaravia eleitoral, ao bate e rebate das posições confrontantes, surge a certeza de que Lula representa neste momento o lado certo da história. É único candidato do campo progressista competitivo; é o único capaz de recobrar altivez, sobriedade, equilíbrio e competência na gestão do País – hoje envilecida reiteradamente pelo atual mandatário.

Não bastassem os predicados de Lula – atestados por sua bem sucedida passagem pela Presidência da República –  a trajetória errática de Jair Bolsonaro  também seria motivo suficiente para nos levar ao campo oposto, a repelir visceralmente o projeto autocrático do presidente atual.

Jair Bolsonaro não é só despreparado para o cargo; não é apenas um personagem menor na história recente da República. Inepto administrativamente, no exercício do cargo incorpora também valores repulsivos; traz para as decisões estratégicas sobre o futuro de nossa gente o voluntarismo autoritário resultante de sua formação militar somado a  falta de conhecimento mínimo sobre as questões de Estado.

Seu governo é um trágico somatório de estultices permeado por deslizes morais graves, um rebosteio sem fim. Bolsonaro é protagonista de uma conturbada passagem pelo Exército Brasileiro seguida de sinuosa caminhada pelas vielas do submundo da política, onde há mais de 30 anos transita com desenvoltura. Mistura perigosamente o autoritarismo militar com as vilanias  da política do baixo clero. Este blend de caraterísticas éticas reprováveis  o faz um soldado desonesto no exercício do poder.

Definitivamente não tem estatura moral para presidir a Nação brasileira.

Para evitar que o pesadelo se alongue, para impedir que a tragédia perdure, para permitir que o Brasil reencontre o caminho do desenvolvimento; enfim, para fazer frente ao enorme desafio de pacificar e reconstruir o País, a Agenda do Poder se manifesta  pelo voto em Lula.  É o único preparado e à altura de missão cívica desta envergadura.

RICARDO BRUNO é editor da Agenda do Poder

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