O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques tentou sair do Brasil levando o próprio cachorro e diversos materiais para o transporte do animal, segundo informações da Polícia Federal (PF). Ele foi preso na madrugada desta sexta-feira (26), no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo internacional com documentação falsa.
Imagens revelam preparativos para a fuga
De acordo com a PF, imagens de câmeras de segurança mostram Silvinei carregando um carro alugado com vários objetos antes de deixar o território brasileiro. Por volta das 19h, ele foi flagrado colocando bolsas no porta-malas do veículo. Minutos depois, às 19h14, retornou para acomodar mais itens no banco traseiro, incluindo ração e diversos pacotes de tapetes higiênicos para cães.
Às 19h22, o ex-diretor da PRF aparece transportando potes comedouros e conduzindo um cachorro, que aparenta ser da raça pitbull, antes de deixar o local com o automóvel. Segundo a investigação, também havia materiais específicos para garantir a acomodação do animal durante a viagem.
Prisão no Paraguai e uso de passaporte falso
Silvinei Vasques foi detido ao tentar embarcar em um voo no Paraguai com passaporte falsificado. O trajeto previa escala no Panamá, com destino final a El Salvador. Informações preliminares apontam que ele teria tentado alterar a própria foto no documento para enganar a imigração, informa Metrópoles.
A polícia paraguaia, no entanto, já havia sido alertada previamente pela adidância da Polícia Federal brasileira, o que facilitou a abordagem e a prisão no aeroporto de Assunção.
Rompimento da tornozeleira e condenação no STF
Condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na chamada trama golpista, Silvinei cumpria medidas cautelares em Santa Catarina. Entre as restrições impostas estavam o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país.
A PF apurou que o ex-diretor da PRF rompeu o equipamento de monitoramento antes de cruzar a fronteira, o que gerou alertas automáticos às autoridades. A condenação foi definida em 16 de dezembro, durante o julgamento do chamado núcleo 2 da trama golpista.
Extradição e destino do animal
Após a prisão, autoridades paraguaias iniciaram contato com a diplomacia brasileira para viabilizar a expulsão sumária de Silvinei Vasques do país. A expectativa é que ele seja entregue às autoridades brasileiras na região da Tríplice Fronteira nos próximos dias.
Ainda não há informações oficiais sobre o destino do cachorro que acompanhava Silvinei no momento da tentativa de fuga.






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