*Paulo Baía

A dificuldade maior em uma eleição geral, para Presidente da República, Governador, Senador, deputado federal e deputado estadual, é a dificuldade que o eleitor tem em hierarquizar sua prioridade.
A referência primeira do eleitor é o Presidente da República, depois escolhe o governador, em terceiro, quarto, quinto lugar escolhe deputado estadual ou deputado federal e o senador.
Portanto, as campanhas para deputado federal são muito difíceis, pois os candidatos são muitos, não têm muito tempo de tv e rádio, ao mesmo tempo que seus nomes não aparecem nas mídias tradicionais ou digitais nem de seus bairros e municípios. A preferência das mídias é a ênfase nas candidaturas a presidente da república e a governador, nem as candidaturas ao senado possuem prioridade.
A eleição de presidente da República vai eclipsando a eleição de deputado estadual e de deputado federal.
Nosso sistema político ainda não discutiu essa questão com a devida importância que tem. Vejo e escuto a tese financista de custo eleitorais apregoar um eleição unificada, de vereador a presidente da república em um só dia, o que seria uma tragédia anunciada.
Sou adepto de quanto mais eleições tivermos, melhor.
Minha tese é que deveríamos ter maior autonomia em relação a governador, deputado estadual e senador em um ano específico.
Para presidente da república e deputado federal, em minha tese, em outro ano também específico.
Deveríamos ter três eleições: uma eleição para prefeito e vereadores, que já acontecem solteiras, em que a prioridade é exclusivamente a pauta do município. Portanto as questões municipais não são eclipsadas por questões estaduais ou federais, não há outras preocupações além das questões da municipalidade.
Em um outro ano uma eleição para governador, deputados estaduais e senador.
Portanto ter-se-ia uma eleição específica para governador, senador e deputado estadual, focada no ente federado, focado na representação estadual exclusivamente.
Em outra data a eleição de presidente da república e deputado federal, que representam a população brasileira no Congresso Nacional. Assim não seríamos surpreendidos com governador, senadores, deputados federais e estaduais que aparecem do nada, na sombra do eclipse que a eleição para presidente da república produz necessariamente.
Falemos das dificuldades de eleições para deputados, da eleição para deputado federal, sobretudo nas dificuldades de eleição para deputado federal na eleição de 2022, que está polarizada ao extremo por Lula e Bolsonaro, polarizada desde janeiro de 2019, pois estamos numa pré campanha para Presidente da República contínua de janeiro de 2019 até esse momento, faltando duas semanas para o dia 02 de outubro de 22.
Uma eleição de deputados, em uma eleição geral capitaneada pela escolha do presidente da república, juntamente com governador, senador, deputado federal e deputado estadual, não pode dar bons resultados.
Para os parlamentos estaduais e federal, para os deputados federais, estaduais e senador, a eleição termina no dia 2/10. Eles não possuem uma segunda oportunidade no dia 30/10, como os candidatos a presidência da república e/ou governadores, ganham ou perdem no dia 02 de outubro.
Por isso nesse artigo ressalto o papel do deputado federal Miro Teixeira. Miro Teixeira foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1970, de 1970 até 2018 só ficou ser mandato na legislatura de 1983 a 1986, quando foi candidato a governador do Rio de Janeiro, e agora na legislatura de fevereiro de 2019 até janeiro de 2023, pois foi candidato ao senado em 2018.
Miro Teixeira é um deputado federal experiente em todas as situações, situações difíceis e situações das mais fáceis. É um deputado com crédito junto a seus colegas, seus pares, é um deputado com crédito junto ao poder judiciário, junto aos poderes legislativos da 27 unidades da Federação Brasileira. Sobretudo é um deputado testado no estado do Rio de Janeiro. Fluminenses e cariocas o conhecem bem, embora a maioria não saiba que Miro Teixeira é candidato a deputado federal nessa eleição do Lula e do Bolsonaro.
O estado do Rio de Janeiro conhece Miro Teixeira, portanto é importante reeleger Miro Teixeira, fazer, pelo voto popular, Miro Teixeira tomar posse no dia primeiro de fevereiro de 2023.
Miro Teixeira faz falta na Câmara dos Deputados e em Brasília como capital da república.

* sociólogo, cientista político, técnico em estatística e professor da UFRJ.