Ministros do STM condecoram bolsonaristas que atacam o Judiciário

Silas Malafaia e Guilherme Fiúza estão entre os homenageados

No último dia 10 de abril, o Superior Tribunal Militar (STM) concedeu suas mais altas honrarias a uma série de autoridades, alegando que prestaram “reconhecidos serviços ou demonstrado excepcional apreço” à Justiça Militar. Entre os homenageados estão figuras conhecidas por seus ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), como o pastor Silas Malafaia e o comentarista Guilherme Fiúza, ambos identificados com o bolsonarismo.

A lista de agraciados é estabelecida anualmente em novembro pelos ministros do STM, em conjunto com o conselho da Ordem do Mérito Judiciário Militar.

Um dos homenageados foi o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, visto no evento portando a insígnia de “distinção” da Justiça Militar e abraçado ao ministro do STM e general quatro estrelas do Exército Lourival Carvalho Silva, indicado pelo governo Bolsonaro à Corte militar.

Malafaia, conhecido por seus ataques ao Judiciário, já proferiu diversas críticas públicas a membros do STF, como quando chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador desgraçado”. Ele esteve ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em manifestações contra o STF, incluindo a do dia 7 de setembro de 2021 em São Paulo. Mais recentemente, ajudou a organizar os atos bolsonaristas na Avenida Paulista e na praia de Copacabana.

Outro agraciado foi o comentarista Guilherme Fiúza, conhecido por suas posições alinhadas à extrema direita e seus ataques aos ministros do STF. Fiúza já chamou os integrantes da Corte de “hipócritas” e acusou o Judiciário de autoritarismo.

Segundo o regulamento da Ordem do Mérito Judiciário Militar, os agraciados devem possuir atributos morais, éticos, pessoais e profissionais idôneos, compatíveis com os valores cultuados pela Justiça Militar da União. Assim, a concessão das honrarias a figuras como Malafaia e Fiúza reflete a visão dos ministros do STM sobre tais qualidades.

Além disso, a insígnia de “alta distinção” foi concedida à senadora Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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