Memória curta!

Paulo Baía* É bom alguém lembrar ao presidente Lula da Silva que ele foi eleito com muitas dificuldades e com uma diferença de dois milhões de votos em um universo de 156 milhões de eleitores no Brasil.Parece que ele já se esqueceu da dramática noite de 30 de outubro de 2022, com a apuração dos…

Paulo Baía*

É bom alguém lembrar ao presidente Lula da Silva que ele foi eleito com muitas dificuldades e com uma diferença de dois milhões de votos em um universo de 156 milhões de eleitores no Brasil.
Parece que ele já se esqueceu da dramática noite de 30 de outubro de 2022, com a apuração dos votos pelo TSE.
Também é bom lembrar que no Brasil a representação política dos partidos tem centralidade nos candidatos e não no partido, ao contrário da maioria dos países europeus.
O brasileiro vota no candidato e não no partido, é uma constatação empírica para presidentes da república desde 1989.
Os partidos podem não gostar, mas isso é um fato social e político que caracteriza o eleitor brasileiro.
O humor do eleitorado também é mutante. Dilma Rousseff, José Sarney, Marina Silva, César Maia, Maluf, Sérgio Cabral, Marcelo Crivella, Orestes Quercia, Antônio Carlos Magalhães, Fernando Henrique Cardoso e Jair Bolsonaro viveram bem esse fenômeno da mutação dos humores eleitorais.

 * Sociólogo, cientista político e professor da UFRJ.

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