Gilmar Mendes anula decisão de Marcelo Bretas, afastado de suas funções pelo CNJ, na Operação Jabuti

Em uma decisão que pode causar impacto na Operação Jabuti e nas ações decorrente da Lava Jato no Rio, que já tenham sentenças, o ministro Gilmar Mendes aceitou o pedido para declarar a competência da Justiça Estadual na ação penal da Fecomércio. A solicitação foi feita pela defesa de Ione Brasil, ex-funcionária da Fecomércio, e…

Em uma decisão que pode causar impacto na Operação Jabuti e nas ações decorrente da Lava Jato no Rio, que já tenham sentenças, o ministro Gilmar Mendes aceitou o pedido para declarar a competência da Justiça Estadual na ação penal da Fecomércio. A solicitação foi feita pela defesa de Ione Brasil, ex-funcionária da Fecomércio, e ex-esposa de Ary Ferreira da Costa Filho, que atuou como assessor de conhecidas figuras políticas como Francisco Dorneles, Pezão e Sérgio Cabral.

Ione Brasil havia sido condenado em primeira instância pelo juiz federal Marcelo Bretas a uma pena de quatro anos e três meses. No entanto, a decisão de Gilmar Mendes anulou os atos realizados por Bretas, que implica no retorno da ação penal à “estaca zero”. Gilmar Mendes, em decisão monocrática, destacou ainda a necessidade de seguir os “trâmites legais” e garantir, segundo ele, que cada indivíduo tenha direito a um julgamento justo, assegurando as garantias constitucionais, como o contraditório e a ampla defesa. A defesa de Ione Brasil foi feito pela advogada Fernanda Pereira:

“A decisão de Gilmar Mendes reforça a importância de que cada indivíduo, independentemente de seu passado ou das circunstâncias do caso, tenha direito a um julgamento justo, com todas as garantias legais e o respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa”, disse Fernanda Pereira, complementando que “com a anulação dos atos do juiz Marcelo Bretas, a ação penal que envolve Ione Brasil volta à sua fase inicial, com a garantia de um novo julgamento”.

A Operação Jabuti foi feita em 2018, em decorrência da Lava-Jato. A operação, feita em 2018, prendeu preventivamente Orlando Diniz, presidente da Fecomércio, que estava afastado pelo STJ, por suspeita de desvio de dinheiro do Sesc e Senac-RJ, ambas entidades do chamado Sistema “S”. A relação entre Diniz e o esquema de corrupção foi desvendada pela Operação Calicute com a ajuda do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Diniz foi afastado da gestão da entidade em dezembro do ano passado, por ordem do STJ.

Mais recentes

Blog at WordPress.com.

Descubra mais sobre Agenda do Poder

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading