Espanha e Argentina vivem momento tenso com troca de ofensas envolvendo Millei e primeiro-ministro espanhol

Milei planeja uma viagem à Espanha em duas semanas, onde participará de um evento organizado pelo partido de oposição de extrema direita Vox

Neste sábado (4), a Espanha rejeitou as alegações da Presidência da Argentina contra o primeiro-ministro Pedro Sánchez, que foi acusado de trazer “pobreza e morte” ao país sul-americano. As tensões entre Madri e Buenos Aires têm aumentado desde que um ministro do governo de Sánchez insinuou que o presidente argentino, Javier Milei, seria usuário de drogas.

O embate teve início com os comentários do ministro dos Transportes espanhol, Óscar Puente, na sexta-feira (3), durante uma conferência organizada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). Puente sugeriu que o presidente argentino teria consumido “substâncias”. “Vi Milei na TV. E quando saiu (…) não sei se foi antes ou depois de ingerir substâncias (…) eu disse: ‘É impossível que ganhe as eleições’”, declarou o ministro, gerando reações imediatas da Presidência argentina nas redes sociais.

Em uma resposta contundente, a Presidência argentina acusou Pedro Sánchez de aplicar políticas que “levam pobreza e morte” ao povo argentino. Além disso, Buenos Aires também criticou o chefe do governo espanhol por comprometer a unidade do Reino, referindo-se ao acordo político do PSOE com partidos separatistas bascos e catalães em 2023.

O Ministério das Relações Exteriores espanhol emitiu um comunicado neste sábado, rejeitando firmemente as alegações infundadas da Presidência argentina. O comunicado enfatizou o compromisso contínuo da Espanha em manter laços fraternos e amizade com a Argentina.

A troca de farpas também incluiu acusações sobre alegações de corrupção contra a esposa de Sánchez, Begoña Gómez, que está sendo investigada por tráfico de influência e corrupção. O presidente questionou sua continuidade no governo diante das acusações, mas posteriormente confirmou que permanecerá no cargo, denunciando as alegações como falsas.

Enquanto isso, Javier Milei, presidente argentino, planeja uma viagem à Espanha dentro de duas semanas, onde participará de um evento organizado pelo partido de oposição de extrema direita Vox. Durante a visita, não está previsto encontro com Sánchez ou o rei da Espanha, Felipe VI.

Com informações de O Globo

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