RICARDO BRUNO

O governador Cláudio Castro concluiu na manhã desta terça-feira, em reunião com sua equipe técnica, o conjunto de reivindicações que encaminhará  ao Governo Federal  no encontro de chefes de executivos estaduais com o Presidente Lula, na próxima sexta, 27. Intitulado “Pauta do Rio”, o documento contempla três projetos estruturantes para o estado e um outro de amplitude regional: a ferrovia (EF-218) ligando o Porto do Açu a Tubarão, no Espírito Santo; a TransBaixada, rodovia interligando  os municípios da Baixada Fluminense, e o gasotudo da rota 4B até Itaguaí.

 A retomada da duplicação da BR 040, entre o Rio e Belo Horizonte, será também apresentada mas em parceria com o governador de Minas, Romeu Zema, por se tratar de projeto eminentemente regional. Nos últimos dias, Castro e Zema conversaram algumas vezes para alinhar os detalhes da proposição.

A delimitação de três pontos locais e um de abrangência regional foi fixada pela assessoria do Presidente Lula, de modo a cingir o debate em torno de temas efetivamente essenciais aos estados.

A EF-118, por exemplo, tem importância estratégica para o Porto do Açu, aumentando o fluxo  de exportação a partir da chegada de minério também por via ferroviária. Hoje, apenas um minerotudo, com capacidade limitada, responde pelo volume de  carga exportada.

A rota 4 b do gasoduto terá papel primordial para o desenvolvimento da Baixada Fluminense. A chegada do gás natural a Itaguaí terá o condão de induzir o crescimento econômico da região, com a retomada do polo gás químico projetado nos anos 90.

Já a TransBaixada é um projeto estruturante para interligar os municípios da região, desobstruindo antigos e insolúveis gargalos da infraestrutura viária da Baixada Fluminense. A rodovia, projetada às margens do Rio Sarapuí, começa no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Nilópolis,  e termina na Rodovia Washington Luís , Duque de Caxias, integrando a Dutra e a Via Light e futuramente a Avenida Brasil.

Se houver oportunidade, Castro pretende também entrar no debate do Aeroporto do Galeão. Em seu entendimento, a solução mais adequada para a retomada do terminal como efetivo hub internacional passa pela manutenção do grupo Changi, um dos mais experientes do mundo no setor, à frente da operação. A empresa, propõe ele, poderia assumir parte do controle do Santos Dumont, e, assim, reequilibrar economicamente a operação hoje deficitária do Galeão.