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Carta de Bolsonaro em apoio a Flávio provoca reação e aumenta tensão entre aliados

Divulgação do documento em meio a problemas de saúde do ex-presidente gera críticas no entorno político e familiar

A carta escrita à mão por Jair Bolsonaro na prisão, divulgada por Flávio Bolsonaro na tarde de quinta-feira (25), reacendeu tensões no círculo mais próximo do ex-presidente.

No texto, Bolsonaro reafirma a candidatura do filho à Presidência da República em 2026, gesto que provocou irritação entre aliados históricos, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Segundo a apuração, a iniciativa foi mal recebida por integrantes do entorno de Bolsonaro, que consideraram inoportuna a divulgação da carta em meio ao momento delicado de saúde vivido pelo ex-presidente.

Reação no entorno familiar

No documento, Bolsonaro afirma entregar “o que há de mais importante na vida de um pai: o próprio filho” para a missão de “resgatar o Brasil”, classificando a decisão como consciente, legítima e alinhada à preservação da representação de seus eleitores.

Ainda assim, aliados próximos avaliaram a movimentação como fruto de “egoísmo” por parte de Flávio, sobretudo porque ocorre enquanto o pai se recupera de uma cirurgia e enfrenta problemas de saúde, como o soluço persistente, que pode demandar novo procedimento médico.

Esse desconforto não surgiu agora. No início da semana, Bolsonaro chegou a anunciar que concederia uma entrevista ao portal Metrópoles, mas recuou posteriormente, alegando questões médicas. A entrevista, segundo aliados, havia sido articulada por Flávio com o mesmo objetivo da carta: reafirmar publicamente sua candidatura ao Planalto.

Entrevista abortada e crise exposta

De acordo com relatos do entorno, Michelle Bolsonaro atuou diretamente para que a entrevista fosse abortada, ampliando o desgaste interno. O episódio expôs divergências dentro do próprio clã Bolsonaro sobre o momento e a conveniência de lançar, de forma tão explícita, a pré-candidatura de Flávio.

A sequência de movimentos indica que, embora a decisão do ex-presidente de apoiar o filho deva ser mantida enquanto estiver em vigor, ela não foi suficiente para pacificar o núcleo familiar nem os aliados políticos mais próximos.

A discussão sobre a viabilidade eleitoral e estratégica da candidatura segue aberta no campo da direita, com sinais de que a tensão interna deve se prolongar por um período considerável.

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