Os recursos movidos pelo PT e pelo PL visando a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), chegaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os processos foram distribuídos, por prevenção, ao ministro Floriano de Azevedo Marques, o mesmo relator da ação que pode resultar na cassação de outro senador, o bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), informa Malu Gaspar, em O Globo.

O PT e o PL alegam em suas ações contra Moro que os recursos injetados na pré-campanha do ex-juiz à Presidência da República proporcionaram-lhe uma exposição pública e vantagem indevida, desequilibrando assim a disputa em sua favorabilidade pela vaga de senador pelo Paraná.

Durante o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, em abril, essa linha de argumentação foi respaldada apenas por dois desembargadores: José Rodrigo Sade e Julio Jacob Junior, ambos nomeados para o cargo por Lula. No entanto, Moro foi absolvido por uma margem de 5 votos a 2.

Floriano de Azevedo Marques, relator do caso Moro no TSE, mantém uma amizade pessoal há quase quatro décadas com o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, e foi indicado ao cargo por Lula.

Ambos têm o hábito de votar de forma alinhada em julgamentos no plenário da Corte Eleitoral, como os que culminaram na condenação de Jair Bolsonaro por abuso de poder político e econômico, ao utilizar as celebrações do Bicentenário da Independência como plataforma eleitoral e promover uma reunião com embaixadores repleta de críticas ao sistema eleitoral.