Com aquecimento do mercado de trabalho e Bolsa Família ampliado, rendimento médio do brasileiro alcança valor recorde em 2023: R$ 1.848 por pessoa

Segundo o IBGE, o recorde anterior datava de 2019, último ano anterior à pandemia de Covid-19

O rendimento médio dos brasileiros registrou um avanço significativo em 2023, crescendo 11,5% e atingindo o valor recorde de R$ 1.848 por pessoa da família por mês. Esse valor engloba não apenas os ganhos provenientes do trabalho, mas também outras fontes de renda, como programas sociais, aposentadorias e aluguéis.

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, dia 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recorde anterior datava de 2019, último ano anterior à pandemia de Covid-19.

O ano de 2023 marcou o início do governo Lula Segundo Gustavo Geaquinto Fontes, analista da pesquisa do IBGE, um dos fatores por trás do recorde da renda per capita foi o aquecimento do mercado de trabalho, com mais pessoas ocupadas e aumento de salários.

Outras fontes também contribuíram para o avanço do indicador, incluindo aluguel e programas sociais como o Bolsa Família, diz o pesquisador. “Além do crescimento do benefício médio desse programa, houve expansão do percentual de domicílios beneficiados.”

Essa recuperação dos níveis pré-pandemia no mercado de trabalho foi observada especialmente entre os mais afluentes da sociedade. O rendimento de todos os trabalhos dos 10% mais ricos, que tendem a possuir maior qualificação e escolaridade, registrou um aumento de 10,4% em 2023 em relação a 2022. No entanto, esse aumento foi, na prática, apenas um movimento de recuperação.

Mesmo com esse avanço, o rendimento médio do trabalho dos 10% mais ricos (R$ 12.163 por pessoa da família ao mês) ficou 0,6% abaixo do verificado em 2019, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE.

Durante o primeiro ano da crise sanitária, os ganhos desses trabalhadores mais qualificados até apresentaram uma alta, mas isso se deveu a um efeito estatístico, pois houve uma redução no número de ocupados no ápice da pandemia, e os que permaneceram trabalhando, em sua maioria, possuíam salários mais elevados. No entanto, nos anos seguintes, os ganhos médios declinaram em 2021 e 2022.

Enquanto isso, entre os 10% mais pobres, a renda proveniente de salários apresentou um crescimento mais modesto, de apenas 1,8%, alcançando R$ 389 por pessoa por mês. Esse valor é inferior ao salário mínimo porque leva em consideração trabalhos informais e a renda domiciliar, ou seja, por cada membro daquele lar, incluindo aqueles que não estão empregados, como crianças e idosos.

Com informações de O Globo e Folha de S.Paulo

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