RICARDO BRUNO

Como denunciado por esta Agenda, a Petrobras, sob Bolsonaro, vai gerar empregos na Ásia, precisamente na Coreia do Sul, agravando ainda mais o desemprego no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, base da indústria naval do país.

A política liberalóide criminosa do atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco, vai resultar na contratação de três estaleiros coreanos para a construção das duas plataformas – P 78 e P 79 – do campo de Búzios. Serão 80 mil empresas na Ásia. O Rio de Janeiro somente em 2020 teve 127 mil postos de trabalhos fechados. A decisão da Petrobrás, divulgada na noite desta segunda-feira, certamente vai contribuir para agravar ainda mais o problema e constitui crime de lesa-pátria, dada a dimensão dos prejuízos ao País.

Apenas três estaleiros apresentaram propostas – todos da Coreia do Sul: Daewoo, Samsumg e Keppel (Hyundai).

Veja os preços apresentados e o nome dos prováveis vencedores:

1º Keppel (Hyndai) – R$ 12.521.821.104,00

2º Daewoo – R$ 14.107.992.912,00

3º Samsung – R$ 15.146.522.280,35

O absoluto descaso com os aspectos sociais de uma contratação dessa magnitude levou a maior estatal brasileira a levar em conta exclusivamente as propostas de preços – sempre menores em estaleiros asiáticos por conta do alto volume de encomendas, o que reduz os custos de produção.

As empresas que venceram a licitação nunca fizeram um projeto no Brasil. Os chineses, que já fizeram, também não participaram. As de Singapura, igualmente.

Administrada sob visão deletéria aos interesses nacionais, privilegiando exclusivamente os dividendos dos acionistas, a Petrobras dá mostras de que abandonou totalmente qualquer compromisso com políticas públicas de desenvolvimento do país. Ignora a crise e faz pouco do desemprego e da consequente miséria que corroem a base da sociedade brasileira, Enfim, dá as costas ao Brasil e aos brasileiros – em nome de quem deveria funcionar.