O impacto das redes sociais na política contemporânea: reflexões a partir do pensamento do professor Wilson Gomes, da UFBA

É possível analisar o papel multifacetado dessas plataformas na formação de opinião pública e na mobilização política a partir de um artigo do renomado docente

* Paulo Baía

Nos últimos anos, as redes sociais têm desempenhado um papel cada vez mais significativo na política nacional e internacional. Inspirado por um artigo do renomado professor Wilson Gomes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é possível analisar o papel multifacetado dessas plataformas na formação de opinião pública e na mobilização política.

O Twitter, por exemplo, emergiu como um espaço onde a política acontece em tempo real. Com sua natureza concisa e instantânea, o Twitter se tornou o palco principal para políticos, jornalistas e cidadãos engajados discutirem questões políticas e sociais. A ascensão de líderes como Trump e Bolsonaro solidificou o Twitter como uma plataforma onde as agendas políticas são definidas e disseminadas para o público em geral. Aqui, as tags, os ataques e as mobilizações políticas ganham vida instantaneamente.

Por outro lado, o Facebook, embora não tão rápido quanto o Twitter, desempenha um papel crucial na disseminação de conteúdo político mais elaborado e duradouro. Além disso, o Facebook é conhecido por ser um espaço onde o debate político pode ser mais aprofundado e reflexivo, graças ao seu formato mais longo e à capacidade de proporcionar tempo para assimilação das informações.

O Instagram, por sua vez, tem sido subestimado como uma plataforma de política, sendo muitas vezes associado apenas à exposição de celebridades e à vida pessoal. No entanto, o Instagram se destaca como o maior repositório de atenção pública atualmente disponível. Sua capacidade de alcançar uma audiência diversificada, incluindo aqueles menos interessados em política, o torna um terreno fértil para a disseminação de mensagens políticas e mobilização de apoio.

Enquanto isso, o YouTube se estabeleceu como um mercado de ideias em escala global. Com uma variedade impressionante de conteúdo político, que vai desde vídeos informativos até discursos ideológicos, o YouTube oferece uma plataforma onde qualquer pessoa pode encontrar uma doutrina política ou ideológica que ressoe com suas crenças. Além disso, o YouTube serve como um destino final para links provenientes de outras plataformas, consolidando seu papel como uma fonte primária de informação e entretenimento político.

Por fim, o WhatsApp emergiu como uma ferramenta poderosa na política, especialmente em campanhas eleitorais e mobilizações de massa. Sua capacidade de disseminar informações de forma rápida e direta para grupos segmentados de eleitores o tornou um elemento indispensável na estratégia política contemporânea.

Em resumo, as redes sociais desempenham papéis distintos, mas complementares, na esfera política contemporânea. Desde a rápida disseminação de informações no Twitter até a reflexão aprofundada no Facebook, passando pela exposição diversificada no Instagram, pela diversidade de ideias no YouTube e pela mobilização eficaz no WhatsApp, as redes sociais moldaram e continuam a moldar o cenário político em todo o mundo, conforme destacado pelo pensamento do professor Wilson Gomes da UFBA.

* Sociólogo, cientista político e professor da UFRJ.

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