O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a falência do Grupo Itapemirim nesta quarta-feira. Em recuperação judicial desde 2016 com dívidas de mais de R$ 200 milhões, o grupo Itapemirim já foi a maior empresa de transporte rodoviário do país.
No mesmo ato em que decretou a falência do grupo rodoviário, o juiz João de Oliveira Rodrigues, da 1a Vara de Recuperação Judicial de São Paulo, também autorizou a celebração de um contrato da massa falida com a transportadora Suzano, empresa que tem contratos de transporte urbano na região do Grande ABC paulista.
Pelo contrato de 12 meses, prorrogável por igual período, a Suzano vai poder arrendar todas as linhas, guichês, marcas e parte dos imóveis operacionais das duas marcas do grupo: Itapemirim e Caiçara.
As informações foram publicadas pela coluna Capital, de O Globo.
O pedido de falência foi apresentado pelo administrador judicial da companhia, a EXM Partners, em julho. Mas a notícia da decretação do pedido falência pegou os credores da companhia de surpresa e eles devem entrar com recurso.
Em maio, após meses aguardando o juiz convocar uma assembleia, os credores conseguiram afastar o controlador Sidnei Piva de Jesus da gestão. Em seu lugar, foi aprovado o nome da Transconsult, uma consultoria especializada no setor de transporte rodoviário. A expectativa era de que a empresa seria capaz de manter suas atividades para conseguir pagar os credores.