O deputado Alexandre Ramagem, do PL do Rio de Janeiro, renunciou na quarta-feira (17/4) ao seu posto na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso. Segundo o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, a decisão aconteceu três meses depois de Ramagem ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), suspeito de liderar um sistema de espionagem ilegal quando comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro.

Composto por deputados e senadores, o colegiado é responsável por fiscalizar as atividades de inteligência do governo federal, que eram chefiadas por Ramagem até 2022. Por isso, a comissão obtém documentos sigilosos da Abin e de investigações criminais, com informações sensíveis.

Em janeiro deste ano, Ramagem foi alvo da PF por supostamente ter liderado sistema de espionagem ilegal quando dirigia a Abin. O homem de confiança da família Bolsonaro foi flagrado pela PF com um notebook e um celular da agência. Desde então, a Abin abriu auditoria ampla nos aparelhos eletrônicos e nas normas de segurança do órgão.