Inclusão em debate: Escolas públicas são mais receptivas a crianças com autismo do que as particulares

Neuropsicopedagoga apresentou a informação numa audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Autismo da Alerj

Escolas públicas são mais inclusivas para crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) do que os particulares. A constatação é da neuropsicopedagoga Maria Rosa Trindade que, nesta quarta-feira (24/04), participou de audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa Com Autismo, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

“Podemos dizer, com segurança, que é mais provável que aconteça a inclusão efetiva na escola pública do que no particular. A inclusão é desafiadora. Não basta termos os profissionais e a estrutura. A inclusão é uma construção de área”, explicou a especialista.

A Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) diz que negar matrículas para crianças que possuem o TEA é considerado crime. Maria Rosa disse que, atualmente, as políticas de inclusão estão mais próximas do ideal em escolas públicas.

A coordenadora da frente, deputada Carla Machado (PT), pontuou que o primeiro passo para que seja alcançada a inclusão em instituições privadas é ampliar a conscientização acerca do tema. “É importante que haja conscientização dos direitos dessas pessoas e falar da legislação “, destacou.

Especialista em inclusão de pessoas com autismo, o professor João Lucas Lima salientou que o peso de uma negação de matrícula pode causar impactos psicológicos tanto na vida da criança quanto na de sua família.

“Neste exato momento existem milhares de crianças e adolescentes sendo condenadas a não ter o direito à educação, mesmo querendo pagar por ele. O trauma que a rejeição causa na vida de uma pessoa autista pode causar cicatrizes para a vida toda”, comentou.

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