A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) detalhou um conjunto de iniciativas que soma R$ 2 bilhões para impulsionar o setor de ciência, tecnologia e inovação no primeiro semestre de 2026. A estratégia reúne a abertura de um edital de R$ 500 milhões em recursos não reembolsáveis com a reserva de R$ 1,5 bilhão em linhas de crédito para o setor produtivo.
A medida está inserida na política industrial Nova Indústria Brasil (NIB) e tem como um de seus eixos a descentralização da base científica do país, com a destinação de 30% do total dos recursos para projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
R$ 500 milhões para pesquisa aplicada
A chamada pública “Pesquisa Aplicada em Centros Temáticos 2025” vai destinar R$ 500 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs). Os projetos, que podem receber entre R$ 3 milhões e R$ 10 milhões cada, devem focar em áreas estratégicas para a soberania nacional.
As propostas precisam estar alinhadas a temas como cadeias agroindustriais sustentáveis, complexo da saúde, defesa nacional, transformação digital e bioeconomia. O prazo para submissão dos projetos termina em 29 de maio de 2026.
R$ 1,5 bilhão em crédito empresarial
No braço voltado ao mercado, o programa Inovacred terá R$ 1,5 bilhão disponível para financiamentos reembolsáveis nos primeiros seis meses do próximo ano. O montante sucede um ano recorde em 2025, quando a iniciativa contratou R$ 3 bilhões em projetos empresariais.
O Inovacred oferece juros reduzidos — taxa referencial acrescida de 6,068% ao ano — e prazos de pagamento de até 96 meses. O financiamento pode ser utilizado por empresas para a compra de equipamentos, softwares, infraestrutura e contratação de mão de obra especializada. Segundo o presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, a regularidade desses repasses é fundamental para evitar descontinuidades no investimento em tecnologia.






Deixe um comentário