Farmácias do Leblon começam a vender testes rápidos para o coronavírus

Ainda sem um protocolo definido pelo Ministério da Saúde para uso em estados e municípios, os testes rápidos para Covid-19 começaram a ser vendidos em drogarias do Leblon, no Rio. O Conselho Regional de Farmácia do Rio diz que a aplicação dos testes pelos estabelecimentos ainda não está regulamentada. Na drogaria Max, na Ataulfo de…

Ainda sem um protocolo definido pelo Ministério da Saúde para uso em estados e municípios, os testes rápidos para Covid-19 começaram a ser vendidos em drogarias do Leblon, no Rio. O Conselho Regional de Farmácia do Rio diz que a aplicação dos testes pelos estabelecimentos ainda não está regulamentada. Na drogaria Max, na Ataulfo de Paiva 686, o teste é oferecido por R$ 250.

São 33 tipos diferentes de exames autorizados pela Anvisa. Segundo a Vigilância Sanitária, o Estado do Rio não tem regulamentação para a venda dos testes rápidos em farmácias. Os exames não detectam o coronavírus, mas os anticorpos produzidos pelo organismo (IgM e IgG). A procura é grande, mas a oferta ainda é pouca em razão da origem dos kits, a maior parte vinda do exterior.

Especialistas contestam a eficácia dos resultados do exames. O risco é de um “falso passaporte” de imunidade. Quem faz o teste sozinho pode concluir, equivocadamente, que tem anticorpos e está livre do vírus, quando, na verdade, há risco de estar contaminado e também disseminar a doença ao circular sem preocupação pelas ruas.

— Esse tipo de teste tem baixa sensibilidade e especificidade. Se for positivo, pode indicar exposição prévia. E não sabemos se esses anticorpos seriam protetores e eficientes contra o coronavírus. Se for negativo, pode ser um falso negativo. O risco desses testes é que podem permitir a circulação de portadores assintomáticos — explica o oncologista e hematologista Daniel Tabak.

Os testes custam R$ 250 na drogaria da Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon. Os primeiros kits chegaram no último sábado, segundo o atendente Renato Oliveira. O cliente faz o pedido por telefone e, cerca de 30 minutos depois, um enfermeiro da farmácia vai até a residência fazer o exame.
— Muita gente ainda não sabe que pode comprar o teste na farmácia. Com certeza, nas próximas semanas a procura vai aumentar — prevê Renato.

Em uma farmácia do shopping Barra Point, há 500 pedidos de kits já reservados por clientes. O gerente da drogaria, Márcio Rodrigo Slavieiro, conta que espera a entrega dos testes pelos fornecedores há uma semana. A maior procura, segundo ele, é de profissionais de saúde. A previsão é que os kits custem na farmácia de R$ 350 a R$ 390.

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