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Ex-diretor da PRF será levado para a Papuda, diz diretor-geral da PF

Condenado a mais de 24 anos por participação em trama golpista, ex-chefe da PRF foi preso no Paraguai após após romper tornozeleira eletrônica

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), preso nesta sexta-feira (26) no Paraguai ao tentar deixar o país rumo a El Salvador, será transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Segundo o portal R7, Vasques será entregue ainda nesta sexta à Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR).

A prisão ocorreu após o ex-diretor romper a tornozeleira eletrônica que utilizava por determinação judicial e deixar o Brasil na noite do dia 24 de dezembro. Ele estava em casa quando retirou o equipamento de monitoramento e seguiu de carro alugado até o Paraguai, onde acabou localizado e detido pelas autoridades locais.

Prisão preventiva decretada

Diante da tentativa de fuga, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu converter as medidas cautelares impostas a Silvinei Vasques em prisão preventiva. A decisão levou em conta o descumprimento das condições judiciais e o risco concreto de evasão do país.

Vasques havia sido preso inicialmente em agosto de 2023, sob suspeita de usar a estrutura da PRF para interferir no processo eleitoral de 2022. Um ano depois, o ministro Moraes revogou a prisão preventiva, mas manteve restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de se apresentar periodicamente à Justiça.

Condenação por trama golpista

No último dia 16 de dezembro, Silvinei Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão ao integrar o chamado “núcleo 2” da ação penal que apurou a trama golpista envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao todo, cinco réus foram condenados nesse núcleo.

De acordo com a denúncia aceita pelo STF, o grupo teria participado da elaboração da chamada “minuta do golpe”, além de discutir planos para assassinar autoridades e articular ações dentro da PRF para dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente na Região Nordeste, durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Após a prisão no Paraguai, Silvinei Vasques permanecerá custodiado em ala própria da Papuda, sob responsabilidade do sistema penitenciário do Distrito Federal, assim que for transferido para Brasília.

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