O projeto de regulamentação dos motoristas de aplicativos deve agitar a Câmara dos Deputados nos próximos dois meses. Na última semana, a pedido dos deputados, o governo retirou a urgência da proposta e, agora, a medida passará por três comissões para que os deputados possam fazer emendas até chegar ao texto final.
Nesta quarta-feira (17), representantes dos motoristas estiverem no Congresso e apresentaram uma série de alterações que não estavam no projeto enviado pelo governo, visto como positivo apenas paras as empresas.
Deputados do Rio de Janeiro começam a se posicionar sobre alterações no projeto. Glauber Braga (PSOL) disse que, com essa ida para as comissões, ficará claro quem defende os motoristas e quem defende as empresas. “Assumi um compromisso, a partir do momento que ouvi os representantes, solicitei a retirada da urgência do projeto para que a gente tenha mais discussão. Agora que o jogo começa, agora que vamos ver quem está do lado da Uber ou quem está do lado do motorista que são explorados diariamente. Agora, vamos ter tempo para fazer essa discussão profunda nas comissões. Eu já escolhi meu lado e estou do lado dos motoristas”, finaliza Braga.
Júlio Lopes (PP) não gostou do projeto enviado pelo Governo, “A proposta do governo que visa regulamentar o trabalho de motorista de aplicativo é um desincentivo a esses profissionais. O trabalho deles funciona porque é simples e qualquer ação nesse sentido pode acabar com a sua essência. Defendo que os trabalhadores sejam ouvidos e, caso queiram a regulamentação, que seja uma medida facultativa e não obrigatória. Regulamentação excessiva é mera burocracia e o que eu defendo é a simplificação!”, conclui Lopes.
Marcelo Crivella (PL) é, pessoalmente, favorável a regulamentação, mas afirmou que vai seguir o que defender o partido, que ainda analisa a proposta. Já o deputado Luiz Lima (PL) se posicionou em Plenário. ” É impossível querer remar contra o desenvolvimento. O Governo em nenhum momento falou dos 30mi de usuários so aplicativo. Ninguém ouve o consumidor. Não quero entrar na briga de Governo e Uber, que cada um quer seu pedaço, o que nós queremos é que vocês trabalhem e sejam bem remunerados e capacidade de escolher”, diz lima.
