A Polícia Civil trabalha com uma nova linha de investigação no caso da morte de Géssica Oliveira de Souza, de 36 anos, encontrada sem vida dentro de casa na Rocinha, Zona Sul do Rio. Ela estava grávida de cinco meses. O caso chegou a ser tratado inicialmente como possível feminicídio, mas a hipótese agora levantada pela Polícia Civil aponta que ela possa ter tirado a própria vida.
A reavaliação da investigação levou à liberação de Augusto Dias da Silva, namorado da vítima, que havia sido preso na terça-feira (23), na Rodoviária do Rio, enquanto tentava deixar a cidade com destino a Minas Gerais. Ele chegou a ser apontado como principal suspeito, mas foi solto após a mudança na linha de apuração.
Com o avanço da investigação, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) passaram a analisar conversas armazenadas no telefone celular de Augusto. No entanto, segundo a polícia, os elementos reunidos até o momento não sustentam a versão inicial de assassinato.
Perícia revisa causa da morte
Géssica foi encontrada sem vida na manhã de ontem. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 9h, e a vítima chegou a ser levada ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Segundo a direção da unidade, não havia possibilidade de salvar o feto, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
Nos primeiros momentos da investigação, depoimentos de familiares, um laudo médico inicial que apontava morte por esganadura e a possível tentativa de fuga do companheiro levaram a polícia a tratar o caso como feminicídio.
No entanto, uma nova perícia realizada por médico-legista identificou sinais compatíveis com enforcamento, com um nó atípico localizado na região da nuca. Apesar da mudança de rumo, os investigadores ressaltam que o inquérito não está encerrado.
Novos laudos e oitivas ainda devem ser incorporados ao procedimento para confirmar a dinâmica dos fatos. O caso segue em apuração pela Polícia Civil para o completo esclarecimento das circunstâncias da morte.






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