Arthur Lira afirma que repercussão do caso Marielle foi responsável pela continuidade da prisão de Chiquinho Brazão

Manutenção da prisão do parlamentar pelo plenário da Casa foi marcada por incertezas sobre o resultado devido às articulações do centrão pela revogação da detenção

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (25) que, sem a repercussão do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) dificilmente continuaria detido.

A manutenção da prisão do parlamentar pelo plenário da Casa neste mês foi marcada por incertezas sobre o resultado, devido às articulações do centrão pela revogação da detenção.

– Fato é que não influenciei um voto para que esse resultado ocorresse, e se não fosse a repercussão e a importância do caso Marielle, dificilmente esse parlamentar estaria sob prisão – disse Lira em uma entrevista à GloboNews.

Parlamentares avaliaram que o presidente da Casa saiu enfraquecido dessa votação, uma vez que seus principais aliados lideraram as articulações para derrubar a prisão.

– Eu nunca prometo uma coisa para fazer outra. Minha política é transparente. Eu simplesmente compartilhei com os líderes o posicionamento da assessoria jurídica da Casa e de alguns advogados sobre os requisitos, ou a falta deles, para a prisão do parlamentar, que era o tema em questão ali. Não se discutia se ele cometeu o crime ou não, isso são questões para o Conselho de Ética e a Justiça – continuou o presidente da Câmara.

– Mas, devido à sensibilidade do tema, sua repercussão e clamor por esclarecimentos, o clima ficou pesado, é claro. Houve discussões políticas de alguns partidos, de posicionamentos ideológicos de alguns partidos – acrescentou.

O presidente da Câmara destacou ser “essencial” que o presidente Lula (PT) se envolva mais diretamente no contato com os deputados, líderes e bancadas.

As declarações de Lira surgem em meio a um aumento das tensões entre o Executivo e o Legislativo devido à crise provocada pelas críticas públicas do presidente da Câmara ao ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).

Lira evitou mencionar o nome de Padilha na entrevista, destacou ser positivo o maior envolvimento de outros ministros no diálogo com o Congresso e comparou a situação ao futebol, dizendo que cabe ao técnico gerenciar sua equipe.

– O envolvimento dos ministros é benéfico, não vou negar. Mas quando o jogo é em equipe e um jogador não está em seu melhor momento, isso afeta o desempenho do time. E então cabe ao técnico administrar a situação – acrescentou.

Com informações da Folha de S. Paulo.  

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