Alexandre Accioly, da rede Bodytech, é denunciado como operador de propinas

O empresário Alexandre Accioly, um dos principais acionistas da rede de academias Bodytech, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República como um dos operadores de propinas para o deputado federal Aécio Neves (PSDB). Segundo o relatório, o montante de R$ 1,7 milhão teria sido pago pela Odebrecht por meio de transferências no exterior a uma…

O empresário Alexandre Accioly, um dos principais acionistas da rede de academias Bodytech, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República como um dos operadores de propinas para o deputado federal Aécio Neves (PSDB). Segundo o relatório, o montante de R$ 1,7 milhão teria sido pago pela Odebrecht por meio de transferências no exterior a uma conta sediada em Singapura e que, segundo a investigação, pertence a Accioly. Já a Andrade Gutierrez teria repassado R$ 35 milhões por meio de dois investimentos feitos em uma holding dona da academia Bodytech .

Na mesma ação, a PGR apresentou também denuncia contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) sob acusação de ter recebido propina de R$ 65 milhões como contrapartida por obras de usinas hidrelétricas que tiveram a participação de uma estatal mineira. Os crimes apontados são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a acusação, os repasses foram feitos pelas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Parte dos valores foi paga em dinheiro vivo e outra parte por meio de contas no exterior, que, segundo a denúncia, teriam usado até mesmo o esquema de lavagem do doleiro Dario Messer.

“Aécio Neves recebeu indiretamente R$ 30 milhões de vantagem indevida, em razão de sua função pública, do grupo Odebrecht e R$ 35 milhões de vantagem indevida, em razão de sua função pública, da construtora Andrade Gutierrez”, aponta a denúncia, assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo, coordenadora do grupo da Lava-Jato na PGR.

A acusação se baseia em relatório concluído pela Polícia Federal no mês passado. Na investigação, doleiros ouvidos pela PF confirmaram ter viabilizado recursos para operadores de Aécio, utilizando o esquema de Dario Messer, o doleiro dos doleiros preso pela Lava-Jato do Rio. Pelos fatos investigados, a PF acusa Aécio dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o relatório da PF, a Odebrecht fez também pagamentos de R$ 28,2 milhões por meio de dinheiro em espécie e também por meio do doleiro José Antônio Estevão Soares, integrante do esquema de Dario Messer. Os repasses foram intermediados por Dimas Toledo, afirma a PF.

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