O quarto dia desde o início do maior desastre natural já registrado no Rio Grande do Sul foi marcado por uma intensa operação de resgate de milhares de pessoas que se encontravam ilhadas em telhados, enquanto informações falsas, conhecidas como fake news, circulavam, dificultando as operações de socorro.
Ao longo de todo o sábado (4), equipes de resgate dos governos federal e estadual concentraram seus esforços nas cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, que enfrentaram inundações devastadoras. Os pontos críticos de resgate foram identificados em Canoas, Eldorado e Alvorada.
Mais de 10 mil pessoas foram resgatadas.
Segundo informações da Defesa Civil, mais de 69 mil pessoas foram desalojadas, enquanto 74 ainda estavam desaparecidas e pelo menos 75 mortes haviam sido confirmadas até a manhã deste domingo (5). O desastre também deixou um rastro de destruição em imóveis, estradas e redes de energia elétrica em todo o estado.
Apesar dos esforços, até o período da noite, diversas pessoas ainda se encontravam ilhadas, aguardando o resgate sobre os telhados de suas casas.
Em Canoas, cerca de 600 pessoas, incluindo idosos, foram resgatadas em uma igreja. O prefeito da cidade, Jairo Jorge (PSD), descreveu a situação como dramática, evidenciando a desolação e o caos que tomaram conta da região.
Durante a manhã de sábado (4), um rumor de que nove pessoas teriam morrido na UTI do hospital de Canoas devido às inundações ganhou força, porém, a informação era falsa. O próprio prefeito chegou a receber essa informação incorreta em um primeiro momento.
Além disso, a PM suspendeu temporariamente as buscas com o uso de barcos em Canoas por aproximadamente 2 horas após uma fake news se espalhar, indicando um suposto risco de choque elétrico na água. No entanto, tal ameaça revelou-se infundada.
Houve também boatos sobre rompimento completo de diques, todos desmentidos posteriormente pelo prefeito, que lamentou os prejuízos causados por tais notícias falsas.
Com informações do Metrópoles
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