Fila de espera para cirurgias eletivas tem 1,2 milhão de pessoas e preocupa pacientes da rede pública

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reconhece o desafio e enfatiza o compromisso do governo em enfrentar essa questão, especialmente nas áreas de anestesiologia, cardiologia e oncologia

O programa nacional de cirurgias eletivas, estabelecido pelo Ministério da Saúde em março de 2023, alcançou um marco significativo até janeiro de 2024, realizando quase 650 mil procedimentos agendados. No entanto, apesar do progresso, a fila de espera continua preocupantemente longa, com mais de 1,2 milhão de pacientes aguardando atendimento em todo o país.

Para pacientes como a massoterapeuta Ione Souza e o motorista executivo Antônio Barbosa, a espera na fila se tornou uma angustiante jornada. Ione, diagnosticada com endometriose que afetou o intestino, aguardava sua operação, mas foi forçada a enfrentar um aumento na gravidade de sua condição devido à falta de especialistas disponíveis. Antônio, por sua vez, descobriu que precisa passar por outra cirurgia para remover um tumor cancerígeno do nariz, mas esbarra na escassez de anestesistas nos hospitais públicos.

A escassez de médicos especializados, especialmente em estados das regiões Norte e Nordeste, é apontada como uma das principais razões para a longa espera. A concentração de especialistas no Sudeste agrava a situação, destacando a necessidade de uma distribuição mais equitativa desses profissionais em todo o país.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reconhece o desafio e enfatiza o compromisso do governo em enfrentar essa questão, especialmente nas áreas de anestesiologia, cardiologia e oncologia. Paralelamente, destaca-se a importância do fortalecimento da formação de especialistas, incluindo parcerias com redes de hospitais universitários.

Ana Maria Malik, pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas, sugere que o Brasil pode se beneficiar da experiência do programa de imunização para desenvolver um sistema nacional de informações sobre cirurgias. Uma maior transparência e organização nessas informações poderiam facilitar a gestão da fila de espera e garantir um acesso mais eficiente aos serviços de saúde em todo o país.

Com informações de g1 e Jornal Nacional

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