O Conselho Federal de Medicina (CFM) absolveu nessa quinta-feira (18) o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos das acusações que resultaram na cassação de seu registro médico. O médico anestesista enfrentava processos por suspeitas de desvio de verbas públicas em contratos estabelecidos durante a pandemia do coronavírus.

Edmar Santos teve seu título médico cancelado pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj) no ano passado, após ter sido preso e alvo de processos judiciais relacionados aos supostos desvios de recursos públicos em contratos emergenciais durante a crise sanitária.

A decisão de absolver o médico foi estabelecida por uma margem significativa de votos, com 22 a favor e apenas 1 contra. A defesa argumentou a fragilidade das provas apresentadas para sustentar as acusações, destacando que o ex-secretário trouxe evidências e testemunhas que corroboraram sua defesa.

“O plenário considerou que as evidências apresentadas não eram suficientes para fundamentar as acusações, e, além disso, o ex-secretário trouxe à tona fatos e testemunhos que apoiavam sua linha de defesa”, explicou o advogado Marcelo Queiroz.

Edmar Santos ocupou o cargo de secretário de Saúde durante a gestão de Wilson Witzel, em 2018. Após deixar o cargo, ele buscou a Procuradoria Geral da República (PGR) e colaborou com informações sobre as irregularidades durante a pandemia, estabelecendo um acordo de delação.

As investigações sobre outros funcionários do governo de Wilson Witzel foram desencadeadas, e tal atitude também contribuiu para o processo de impeachment do ex-governador em 2021.

Com informações do g1