Durante visita à Hungria, Papa Francisco diz que teve pneumonia grave e pede portas abertas a imigrantes

Papa Francisco  revelou ter sofrido uma forma “aguda e grave” de pneumonia no final de março, quando chegou a ser hospitalizado por três noites em um hospital de Roma. Apesar disso, o pontífice, de 86 anos, disse que as questões médicas não devem impedir sua agenda de viagens. Durante viagem à Hungria, ele voltou a pedir que…

Papa Francisco  revelou ter sofrido uma forma “aguda e grave” de pneumonia no final de março, quando chegou a ser hospitalizado por três noites em um hospital de Roma.

Apesar disso, o pontífice, de 86 anos, disse que as questões médicas não devem impedir sua agenda de viagens. Durante viagem à Hungria, ele voltou a pedir que o mundo “não feche as portas” aos imigrantes.

— Eu senti uma dor intensa no final da audiência [do dia 29 de março]. Não perdi a consciência, mas tive uma febre alta — disse o Papa a jornalistas, durante o voo de retorno de Budapeste para Roma, afirmando ter se tratado de uma “pneumonia aguda e grave”. — O organismo respondeu bem ao tratamento. Graças a Deus eu posso dizer isso agora.

No dia 29 de março, quando foi hospitalizado, o Papa Francisco recebeu um tratamento com antibióticos, e foi liberado no dia 1º de abril.

Segundo ele, a pneumonia estava localizada na parte inferior do pulmão. O pontífice teve a maior parte do pulmão direito removida aos 21 anos de idade por causa de uma pneumonia grave, e sua saúde vem sendo motivo de especulações desde que foi escolhido Papa, em 2013.

Ao mesmo tempo em que fez as revelações sobre seu quadro clínico, Francisco afirmou que não vai mudar sua agenda de viagens por conta de questões de saúde.

Ele destacou que “espera ser capaz” de ir a Lisboa no começo de agosto, por ocasião do Dia Mundial da Juventude. Estão ainda marcadas viagens para Marselha, na França, e para a Mongólia.

— Essa programação me mantém em movimento — destacou.

Horas antes de conversar com os jornalistas sobre sua saúde, o Papa Francisco fez uma defesa dos imigrantes na missa que fechou sua viagem à Hungria.

Na praça diante do Parlamento húngaro, Francisco, disse ser “triste e doloroso” ver as portas fechadas a todos que são considerados “diferentes e estrangeiros”, e criticou o que vê como “crescente isolacionismo” e “indiferença” da sociedade.

— Estou pedindo a vocês, vamos abrir os portões! Vamos tentar ser os portões que não são fechados na cara de ninguém, ser os portões pelos quais todos podem entrar — disse Francisco.

Desde sua chegada à Hungria, na sexta-feira, o pontífice insistiu no tema da imigração e do avanço do nacionalismo na Europa, em uma espécie de contraste com o discurso do premier Viktor Orbán, que se considera um defensor dos valores cristãos e que afirma não permitir que a Hungria se torne “um país de imigrantes”.

Em 2015, seu governo construiu uma barreira nas fronteiras com a Sérvia e a Croácia, como forma de barrar a entrada irregular de pessoas de outros países. Orbán estava na missa deste domingo, mas não se manifestou sobre as palavras do Papa Francisco.

As informações são do Globo online.

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