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Avião que caiu em Copacabana é retirado do mar e levado para perícia

Estrutura foi içada por rebocador neste domingo; piloto morreu e investigação vai apurar causas da queda

O avião de pequeno porte que caiu na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã de sábado, foi retirado do mar no início da tarde deste domingo. A operação foi realizada com o auxílio de um rebocador equipado com guindaste, que içou a estrutura da aeronave, posteriormente encaminhada para perícia técnica.

O acidente resultou na morte do piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, de 40 anos, único ocupante do avião. A retirada do monomotor marca uma nova etapa das investigações, que agora devem se concentrar na análise detalhada da aeronave para esclarecer as causas da queda.

Operação de retirada chamou atenção na orla

O rebocador chegou à praia ainda pela manhã e atraiu a atenção de banhistas e moradores da região. A área onde a aeronave estava submersa foi isolada para garantir a segurança da operação e permitir o içamento sem riscos adicionais.

Após ser retirada da água, a estrutura foi preparada para transporte até uma marina, onde técnicos especializados darão início à perícia. Investigadores do Cenipa acompanharam o procedimento e confirmaram que a análise do material será fundamental para determinar o que levou ao acidente.

Queda aconteceu em área movimentada

O avião caiu pouco depois das 12h, entre os postos 3 e 4 da praia, na altura da Rua Santa Clara. No momento da queda, havia motos aquáticas e outras embarcações na água, mas nenhuma outra pessoa ficou ferida.

Testemunhas relataram que ouviram um forte estrondo antes de a aeronave atingir o mar. Logo em seguida, a faixa de propaganda que o avião rebocava se soltou e também caiu na água.

Atuação dos bombeiros e início das investigações

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 12h34 e mobilizou equipes em motos aquáticas, embarcações infláveis, mergulhadores e apoio aéreo com helicóptero. Pelo menos sete veículos foram utilizados para transportar equipamentos e dar suporte às buscas, chamando atenção de quem circulava pela Avenida Atlântica.

Além do Cenipa, o acidente também será investigado pela Polícia Civil, que apura possíveis responsabilidades administrativas e criminais.

Empresa será autuada pela prefeitura

Segundo a prefeitura do Rio, a empresa proprietária do avião, a Visual Propaganda Aérea, possui alvará para operar publicidade aérea, mas não havia solicitado licença específica para o voo realizado no sábado. Por isso, a empresa será autuada.

Representantes da Visual informaram que aquele era o primeiro voo de Luiz Ricardo Leite de Amorim pilotando uma aeronave com faixa de propaganda, modalidade que exige procedimentos específicos.

A Secretaria municipal de Ordem Pública destacou que “promove fiscalizações periódicas em todas as atividades econômicas no Rio para evitar que este tipo de infração ocorra”.

Publicidade aérea é tradição na cidade

De acordo com relatos de banhistas, cerca de dez minutos após a queda do monomotor, outras aeronaves que sobrevoavam a orla interromperam os voos sobre Copacabana. Aviões desse tipo são comuns no litoral carioca, especialmente em dias de grande movimento, exibindo faixas que anunciam desde aplicativos e apostas on-line até campanhas políticas e produtos tradicionais do Rio.

Com a aeronave fora da água, as autoridades esperam avançar na apuração das causas do acidente e esclarecer se houve falha técnica, erro humano ou descumprimento de normas operacionais.

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